Venha.
Eu queria te contar que os outros falavam.
Lançavam palavras.
Você era o único que conversava.
O som da sua voz era como os acordes da canção que eu nunca escutei.
Você tinha os olhos que questionavam, lábios que respondiam e a alma que confundia.
Eu, posta em frente ao meu devaneio excessivo, nunca teria imaginação suficiente para te criar.
Exista.
Porque minhas percepções andam mudando e eu quero achar um significado para tudo isso.
Mesmo que seja às 3 horas da manhã.
Você tem de vir, existir, falar e me fazer crer que nada é em vão.
Nem mesmo o maior sofrimento que minha carne já experimentou.
Quero que você explique onde esteve.
E porque eu te projetei nas minhas noites de sono alucinógenas.
Tudo isso deve ter um motivo.
Eu preciso acreditar.
Ou morrer imaginando como seria.