terça-feira, 13 de janeiro de 2015

[RESENHA 13] A LISTA DE BRETT

Postado por Bianca Barion às 00:00
 


A lista de Brett
Autora: Lori Nelson Spielman
Editora: Verus

Sinopse: Brett Bohlinger parece ter tudo na vida – um ótimo emprego como executiva de publicidade, um namorado lindo e um loft moderno e espaçoso. Até que sua adorada mãe deixa no testamento uma ordem: para receber sua parte na gorda herança, Brett precisa completar a lista de sonhos que escreveu quando era uma ingênua adolescente.
Deprimida e de luto, Brett não consegue entender a decisão de sua mãe. Seus desejos adolescentes não têm nada a ver com suas ambições de agora, aos trinta e quatro anos. Alguns itens da lista exigiriam que ela reinventasse sua vida inteira. Outros parecem mesmo impossíveis. Com relutância, Brett embarca numa jornada emocionante em busca de seus sonhos de adolescência.

A lista de Brett, mais um livro que fez minha bipolaridade alcançar níveis alarmantes. Eu adorei não adorando.

Pois bem, vamos lá. A querida mãe de Brett, Elizabeth, guardou uma lista de desejos da filha feita quando ela tinha apenas 14 anos. Depois de sua morte, vítima de um câncer, Elizabeth deixa como missão a Brett cumprir esta lista, e só assim terá acesso a herança deixada, tudo isso num prazo de um ano. Para acompanhar o processo, ela conta com o advogado Brad, que logo vira seu amigo.
No decorrer da história, contamos com grandes personagens, cada um com um impacto na vida de Brett. Andrew, seu namorado frio. Shelley, sua cunhada e amiga, o querido advogado Brad, sempre a apoiando. Entre outros personagens secundários.

O começo do livro é muito morno e parece que não vai levar a lugar algum. Conforme o desenrolar dele, começam a aparecer personalidades mais interessantes, desejos a serem cumpridos e isso dá um ‘’up’’ no contexto todo. Mas senti falta de alguma coisa, o livro tinha tudo para ser inesquecível e maravilhoso, mas foi apenas interessante na minha perspectiva.

O que deixou a desejar foi a narração. Eu não acreditei na Brett. Creio que quando você lê um livro você deve acreditar na personagem, a ponto de odiá-lo ou de amá-lo como se ela fosse real. Brett nunca foi real para mim, sempre a vi com o semblante da escritora atrás.

Acho que como sendo o primeiro livro de Lori, ela não soube manter muito a emoção e suspense. O livro é narrado em primeira pessoa e concordo que é uma leitura bem simples e fácil, creio que isso que me incomodou. O modo que ela descreve os fatos não me prendia em nenhum momento. Em algumas partes do decorrer da história, ela estregava o que iria acontecer logo em seguida. Como se você lesse em um livro de terror. ‘’Estou prestes a entrar nessa casa mega assustadora e com certeza encontrei um monstro enorme e terrível que vai saltar daquele armário que está com uma fresta aberta, com certeza ele vai sair dali’’. Isso só mostra que ao entrar na casa nada acontecerá, porque você já revelou a expectativa da personagem, e é claro para o leitor que os fatos não aconteceriam conforme ela, porque seria ridículo.

O livro é baseado no obvio para mim. O suspense não dura mais que um capítulo. Tudo bem que para quem leu se surpreendeu no final com alguma coisa, mas eu achei obvio. OBVIO, a palavra do dia.
Por parte, gostei do jeito que ela caminhou com a história e como Brett cresceu com tudo isso, e com as passagens que me emocionaram. Gostei também da criatividade da escritora no decorrer dos capítulos, mas nada além disso.

Para mim, um livro morno sem nada especial, apenas uma deliciosa história, mas que não prende em momento nenhum e que deixa muito pouco a palavra ‘’O que vem agora?’’ no ar.

Trecho favorito: ‘’ Mas onde fica exatamente a divisória entre coragem e arrogância, entre desejar o que é certo e esperar mais do que merecemos?’’ Pág. 336.







 

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