sábado, 27 de dezembro de 2014

[TEXTO] PARA VOCÊ, J.

Postado por Bianca Barion às 23:07 0 comentários
Se for para ir embora, o faça com carinho. Você sabe que lhe dei meu coração quebrado em mínimos pedaços, feito um vaso velho. O dei em suas mãos e você olhava meio sem jeito, meio sem ter o que fazer, mas olhava com aqueles olhos castanhos. Sorria com aquele sorriso que só você sabe dar, e, bem, eu pensei - que se dane. Se for para ir embora, deixe-me abraçar-te só mais uma vez. Eu juro, não vai demorar muito. Pegue na minha mão, olhe-me sem jeito e faça promessas fajutas, como a que um dia encontrarei alguém tão especial como você. Se for para ir embora, vá rápido, sem anestesia, não tente achar o encanto que se foi. Você não achará, nenhum deles nunca acha. Mas antes, deixe comigo aquela blusa azul escuro sua que você jura que te deixa mais bonito, como se isso fosse possível. A deixe para eu sentir seu cheiro antes de dormir. Assim como eu fazia antigamente e você ria quando eu contava. Deseje-me boa sorte. Deseje-me força. E quando for embora, dê-me um beijo e diga que o último é seu, e dessa vez eu deixarei você vencer, porque realmente é o último. Não se assuste quando meu coração virar pó. Apenas tire seus óculos para não ver com clareza. 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

[TEXTO] NOSSA HISTÓRIA SEM COMEÇO

Postado por Bianca Barion às 20:11 0 comentários
Imagine se eu só te conhecesse daqui a 10 anos. Numa hora desta, eu estaria em paz. Eu poderia estar ouvindo músicas tristes e não me identificando com nenhuma. Andaria por aí com o coração desocupado. Toda noite sem angústia e as lágrimas em função de você. Poderia estar me sentindo intensa, forte. Eu ainda faria cara feia ao ouvir rock. Não me sentiria tão imprestável. Sem tantas perguntas me assombrando. E se eu tivesse te conhecido há 10 anos? Se a gente fosse melhores amigos. Eu tivesse passado a maior parte da minha vida sendo sua amiga, te decifrasse de trás para frente. Se desde sempre você soubesse que eu te amava. Chegaria num ponto e afirmaria: ‘’é ela’’? Será que nossa história é impossível por questão de tempo, por questão minha, sua, ou do destino? Imagine se eu nunca tivesse te conhecido. Toda vez que eu penso que poderia ter seguido outro caminho no ano anterior, nunca ter cruzado com você, vem uma vontade de chorar. Pois é, quando não choro pensando em ti? Sabe o que me deixa de pé quando eu acho que tudo está acabado, quando está tudo uma droga? É você. Você se tornou minha esperança, minha felicidade em tanto pouco tempo. E sabe o que é pior? Isso não é para sempre. Neste momento você está amando outra, enquanto eu, o que faço? Escrevo coisas que você nunca se quer vai ler. Minha esperança é você. Mas eu nunca te terei. A vida me apresentou uma pessoa maravilhosa, mas e daí? O que eu ganho com isso? Eu vou ter você para mim? Eu vou ter alguma chance contigo algum dia? A resposta é clara: Não. Eu não quero enxergar isso, porque você é minha perspectiva. Você me traz felicidade. Mas essa esperança vai embora algum dia. Vou perceber que você nunca segurará minha mão, eu nunca te beijarei, você nunca me chamará de ‘’amor’’. E quando isso acontecer, eu vou perder o que me mantém em pé, e eu estou com tanto medo. Eu te amo, e talvez nossa amizade não sobreviva a isso. Nunca seremos amigos completos. Vou ser sempre a que te ama. E você o que ama outra. 
O ponto é esse: O destino. Se eu tivesse te conhecido anos atrás, anos a frente, não mudaria nada. Eu sinto isso. Eu fui destinada a me apaixonar por você, mas você não foi para o mesmo. Nunca seria. Namorando, solteiro ou até viúvo. A gente não foi feito para ficar junto, mas a vida quis, de alguma forma, que eu te conhecesse, mesmo que eu ache que não posso viver sem você, enquanto eu seria sua última opção de amor. Eu só sei que o que nunca poderia acontecer, seria eu nunca ter te conhecido. Eu estava aqui o tempo todo, só te esperando, porque eu precisava do seu sorriso para acreditar. E talvez agora eu acredite. De qualquer forma, o destino foi lindo me apresentando você. Não ficaremos juntos nunca? Que se dane, eu amei você da forma mais verdadeira, e quem sabe, em outra vida.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

[SELEÇÃO DE TEXTOS ANTIGOS] EU CONTINUO ASSIM?!

Postado por Bianca Barion às 13:00 0 comentários
‘’ Eu não sou mais aquela garota romântica. Eu não acredito mais em ‘’felizes para sempre’’, muito menos no homem ideal. Eu me tornei uma pessoa fria e com poucos sentimentos. Aos que me restaram, é amor pela leitura, escrita, e pelos meus maravilhosos ídolos, com suas músicas que faz minha alma sorrir. Amor pelas coisas simples, pelos fins de tardes e o começo de outro dia. Eu substituí a necessidade de me apaixonar loucamente por um carinha com um corte de cabelo legal, cuja sala sei, ‘’um ano à frente’’, penso. E nunca mesmo troquei uma palavra e tive que descobrir seu nome fazendo uma boa pesquisa pelo colégio, ou, quem sabe, por uma rede social. Já acho que morro de amores por ele. Claro, ele é o amor da minha vida. Sobre a vida dele?! Bem, não sei nada. Ele pode ser um estuprador, mas, ah, do que isso importa? Eu quero a felicidade, só ela. Na minha vida aconteceram coisas incríveis que não pude valorizar porque eu não estava completa. Estava faltando o amor de um menino babaca com a mentalidade de um garoto de nove anos. Ah, meu deus, eu vou chorar por tudo, vou dedicar meus posts no tumblr a ele. Vou perder horas de sono, vou descobrir alguma música que tenha nossa história. Mas que história, meu senhor? A nossa história é resumida na qual você nem sabe meu nome, e eu sei seu sobrenome, e tudo mais o que eu posso? Resumida em quantas vezes chorei enquanto você se divertia com os amigos? É isso mesmo que eu estava querendo fazer com a minha vida?
Era, porque isso mudou. Agora eu me coloco em primeiro lugar, e se um dia vir a gostar de alguém, essa pessoa será colocada como segunda opção de felicidade. Eu não me amava, eu me achava uma fracassada cuja única coisa que merecia era ficar correndo atrás de alguém. Mesmo ele me ignorava de tão forma eu simplesmente sempre voltava. Porque eu não amava a mim mesma. Eu tinha que ficar falando ‘’não sou boa o suficiente para ele’’. Acorda! Eu tenho é que falar ‘’ele não é bom o suficiente para mim. ’’ Se valorizar, essa é a palavra. Não depender de um amor para respirar. É quando seu coração já está totalmente quebrado, você para e pensa que não dá mais. Ele não vai aguentar outra decepção. O seu psicológico não vai mais. Você cansa, e eu cansei totalmente. Agora em diante é deixar a razão falar mais alto. Coração não foi feito para pensar, então não deixe a ele essa função.
A minha autoproteção foi a melhor coisa para mim. Eu estou totalmente quebrada, devastada. Vou trabalhar nisso todos os dias. Talvez as magoas não possam ser apagadas, sempre haverá uma cicatriz em mim. Por isso, não quero mais me aventurar num local desconhecido. Eu já estou exposta e, sim, eu desisto completamente. Não quero mais para minha vida correr atrás de alguém. Eu já corri uma maratona, já me declarei por nada. Sabe quanto doí isso? Muito. O tal homem da minha vida, eu não estou mais esperando por ele, como antes eu fazia. Eu apenas estou conformada que ele simplesmente pode não existir. Estou fechada para o amor. Nunca mais correrei atrás de um e isso pode me fazer perder alguém, quem sabe. Mas quantas vezes, meu senhor, eu corri atrás achando que esse era o homem, e eu apenas estou tirando uma frase de minha vida: ‘’e quantas vezes mais correrei atrás?!’’ Eu vou ficar parada, é isso.
Quando não é pra ser, não será. E eu custei MUITO para notar isso. Eu tive que quebrar a cara um milhão de vezes e ficar humilhada no chão. De voltar a cometer os mesmos erros até tomar uma atitude. Vou dar meu amor para quem mais merece por ter sofrido tanto, vou amar a mim mesma. ‘’

Beleza, Bianca, mas deixa eu contar uma coisa para você: isso não deu muito certo, não.

Esse texto é de 2012, eu deveria ter uns 15 anos e decidi escolhe-lo porque, agora, com 18 anos, estou passando pela mesma coisa. Não com tais pensamentos revolucionários como naquela época de ‘’ não existe amor’’ ‘’ sou fria’’. Até parece, sou um turbilhão de sentimentos, mais romântica que eu está para nascer, mas como eu estava magoada no dia em questão, eu auto me perdoo.

Eu jurava de pé junto que nunca mais amaria ninguém, mas o problema é que eu nunca tinha amado. Quando você é jovem, tipo bem jovenzinha mesmo, qualquer menino, qualquer toque, qualquer palavra dita vira eternidade. Você acha que só existe aquela pessoa e que daqui 3 anos ao pensar nela você ainda sofrerá e lembrará dos momentos bons. Pois é, eu lembro quem partiu meu coração para eu escrever isso, e, bem, hoje eu rio e nem lembro por que eu gostava do tal rapaz. Tenho que fazer até um esforcinho para lembrar o nome dele.  Taí uma coisa que eu aprendi com o tempo, que nada é para sempre, ainda mais quando se tem 15 anos. Jamais que o sofrimento por um garoto babaca durará anos, talvez nem dure meses. Você cresce e percebe que quem merece seu amor é quem o dá de volta, e se a pessoa nunca o deu, com certeza não dará lembranças boas para você levar por uma vida. Aos 20 e pouco você terá de perguntar para alguma amiga qual foi o menino que te magoou na 7 série e quando ela lembrar, você vai negar até a morte. Por que, assim, como foi possível gostar disso?

O sentimento que se carrega agora pode ser forte a ponto de cravar machucados na sua pele, porque ele é presente, mas nunca cicatrizes. Aprendizados, sim. Quando você se ver mais velha, não lembrará dos nomes e muito menos dos motivos de ter gostado de tal cara, mas todo seu amadurecimento, ah, com certeza, esse cara te ajudou a montar, por isso faz parte. A gente tem que passar por isso para um dia saber como agir. Saber não dramatizar e saber que não ama tal pessoa, que não está apaixonada. Amor bom vai ser aquele compartilhado, aquele que te fará sorrir e não chorar. Aquele que te trará sensações novas. Esse sim merece ser lembrado. Agora esses por menininhos do colégio? Jamais!

E achar que é possível desacreditar no amor quando se é igual eu, esperando o príncipe chegar de cavalo branco, mas, pela demora, parece que está vindo de trem da CPTM. Jamais rolará, sempre aparecerá alguém que te fará acreditar de novo, ou você sentirá a necessidade de sentir aquilo novamente. Aquele gosto de ilusão, de desespero, e de suspiros com coisas simples que a pessoa faz. Nós meio que necessitamos da dor do amor e do seu prazer dele. Não dá para viver sem isso.
Como disse no começo, estou passando pela mesma situação de desilusão amorosa chatinha, mas hoje sei administrar muito bem. A gente sabe quando não vai dar certo, a gente supera mais rápido. Não fazemos isso virar o fim do mundo. E não estou fechada para o amor, mas também estou deixando meu coração se recuperar e andando com cuidado em territórios desconhecidos.



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

[RESENHA 13] MEU NOME É MEMÓRIA

Postado por Bianca Barion às 15:37 0 comentários
Meu nome é memória
Autora: Ann Brashares.
Editora: Suma de letras.
Sinopse: Vivi mais de mil anos. Morri incontáveis vezes. Esqueço o número exato. Minha memória é uma coisa extraordinária, mas não é perfeita. Sou humano. (...) Nunca tive filhos, nunca envelheci. Não sei a razão. Vi beleza em coisas incontáveis. Eu me apaixonei e ela é quem resiste. Eu a matei uma vez, morri por ela muitas vezes e ainda não tenho nada para exibir. Sempre a procuro. Sempre me lembro dela. Carrego a esperança de que, um dia, ela venha a se lembrar de mim. Encontrar o amor verdadeiro nunca é fácil. Mas para Daniel, o protagonista de Meu nome é memória, isso parece ser ainda mais difícil. Ele tem um dom que por vezes assemelha-se a uma maldição: lembra-se de todas as suas vidas passadas. E em todas elas, foi apaixonado por Sophia. “Vivi mais de mil anos. Morri incontáveis vezes. Esqueço o número exato. Minha memória é uma coisa extraordinária”, escreve o protagonista. Inglaterra, Antioquia, Congo Belga, Constantinopla, Georgia. Todos esses lugares já presenciaram o amor do casal, porém Sophia nunca se recorda das memórias passadas. Vida após vida, através de dinastias e continentes, Daniel tenta fazê-la relembrar esse amor e conquistá-la para sempre, mesmo que ela mude de nome e aparência. Mas, em todas às vezes que Daniel e Sophia tiveram uma aproximação, foram separados de maneira dolorosa e fatal. No entanto, quando se reencontram em 2007, Sophia – que agora se chama Lucy – começa a lembrar do passado. Aos poucos, flashes das vidas anteriores vêm à memória, lembranças sensoriais se reavivam e ela percebe que Daniel faz parte de sua vida desde sempre. E agora, se o casal quiser passar suas próximas vidas juntos, terá que compreender e superar o inimigo desse amor. 



Lembro quando vi esse livro na prateleira da livraria e me entristeci. Por quê? Eu tinha pensado em escrever uma história exatamente assim. Precisei comprar e comprei. Bem, depois de ler, percebi que estava errada, eu nunca teria escrito uma história tão maravilhosa quanto. Vi muitas resenhas não dando crédito suficiente para esse livro, falando que ele é cansativo entre outras coisas.
Acho que eu amei tanto porque acredito demais em destino, almas gêmeas e esse tipo de coisa. Consegui drenar e perceber de cada página coisas fantásticas que segue um pensamento lindo.

Daniel, um rapaz inteligente e cheio de conhecimentos, o qual me apaixonei completamente pelo seu jeito, se lembra de todas suas vidas passadas e tem a capacidade de reconhecer almas. Lucy já se encontrou com ele em várias vidas, mas nunca se lembra. Daniel lembra e sempre a reconhece.

Há os personagens secundários, como Ben, o melhor amigo de Daniel. Ele tem o mesmo dom que ele, e o ajuda em muitos momentos com sua imensa sabedoria. Também temos Marnie, melhor amiga de Lucy, que, para mim, não teve muita função na história. E tem Joaquim, o vilão da história, mas não falarei disso.

O livro é dividido em um capítulo contando de alguma de suas vidas passadas, e o outro conta o presente. Achei surpreendente cada vida dele e como junto delas traz histórias fantásticas. Para mim, isso fez acrescentar muita coisa na história do presente e o conhecimento sobre os personagens, não achei nem um pouco confuso como algumas pessoas disseram, pois segue uma linha de tempo certa e fez eu me prender cada vez mais e desejar que Daniel e Lucy ficassem juntos.
Quando li o primeiro capítulo, achei que as ideias foram jogadas de maneira muito rápida. O que poderia ter rendido alguns capítulos, foi posto em um, mas com o desenrolar da história achei que isso não teve grande importância para o passar dos acontecimentos.

Um grande ponto negativo: O final. Realmente você se pergunta se foram arrancadas páginas do seu exemplar, porque ele te deixa totalmente na mão e se perguntando o que aconteceu depois dali. O único jeito é você imaginar e fazer o final perfeito.

Minha conclusão é que este livro marcou com toda certeza. Fiquei encantada com a forma que demonstrou como o amor de Daniel é forte e que vence qualquer obstáculo, nunca desistindo de sua amada, mesmo vida após vida, com outras aparências, e mesmo como eles são separados de forma triste a cada vida. Ele simplesmente não desiste e para mim essa história é uma das mais lindas que já li sobre amor verdadeiro.

Trecho favorito: ‘’ Começo todas as vidas com ela, meu pecado original. Eu me conheço por meio dela.’’ Pág. 46.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

[TEXTO] ADEUS, SANTA MARIA

Postado por Bianca Barion às 20:09 0 comentários
Parei numa rua qualquer, e a neblina não me deixava o ver. Havia uma risada familiar, soando pelas quinas, não parecia tão distante como de costume. O peso da mala começou a fazer doer minha coluna, enquanto minhas pernas estavam frouxas ao passar dos minutos. Não o via, mas eu estava risonha e vibrante. Então a risada parou de ecoar sozinha e se deu a uma companhia. Som esse que nunca ouvira antes e me entristeci. O seu dono apareceu, e mesmo com minha miopia e a ainda neblina pairando, eu sabia que era ele. Estremeci mais uma vez. Não via meus lábios dizendo que havia morrido todo santo dia até o momento de ouvir tua voz perto da minha. Não o vi dizendo que também me esperara. Não teve um grande reencontro, apenas o efeito do tempo. O motivo de sua risada não era mais meu e sim da moça ao teu lado. Cambaleei até ele, com lágrimas no olhar se atentando a cair. Apenas disse ‘’Um dia iríamos nos encontrar, não lembrastes?’’ O moço riu, enquanto se equilibrava na garota. De repente, nada mais restou ali. Ele não se lembrara. E nunca disseste que me amaria para sempre. Oh, boba eu, fazendo de meias palavras, um livro. Caçoei de mim e tomei o rumo de volta a casa. Como sempre, sem ele. 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

[RESENHA 13] ELEANOR&PARK

Postado por Bianca Barion às 19:31 0 comentários
Eleanor&Park
Autora: Rainbow Rowell.
Editora: Novo século.
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.



First things first:

Eu não estava a fim de fazer resenha sobre este livro da Rainbow Rowell. Primeiro porque ele não é novidade e já tem milhares de resenhas sobre ele. Mas daí eu as li e percebi: TODO MUNDO AMOU! Então eu preciso dar minha opinião.

Eu não gostei nem um pouco (tá, talvez um pouquinho) da história. Os personagens são bem construídos, isso eu não posso negar. Park tem suas características próprias e fortes assim como Eleanor. Ela se veste estranho, ela é estranha e tem uma família mais estranha ainda. Park é comum, mas com um toque de único. Gostei do fato da vida de Eleanor ser atormentada e de Park calma, fazendo eles serem bem diferentes, mas, em alguns aspectos, comuns.  

O livro é dividido em PARK
ELEANOR
E não são eles quem narram e sim uma terceira pessoa em ambas as situações, o que eu achei ruim e desnecessário. Às vezes você para e pense ‘’ Agora é a vez de Park ou Eleanor?’’ Acho que Rainbow poderia ter explorado mais o ponto de vista de cada um na narração. Mas quem sou eu para falar de um best seller, não é mesmo?

O livro, para mim, não trouxe nada de novo. Eleanor e Park vão no mesmo ônibus todos os dias para a escola. Sentam-se lado a lado, mesmo Park não gostando muito da ideia.
‘’ - Sente-se aí – disse num tom agressivo.’’

Park sempre lia a caminho do colégio e Eleanor esticava o pescoço para ler junto dele, sem Park perceber. Até que um dia ele percebe de soslaio os olhares de Eleanor para os gibis. Então ele começa a emprestar algumas coisas a ela, como fitas e livros, e ainda não trocam uma palavra.

Um dia Park se sente na obrigação de começar uma conversa. Então conversam. Eleanor, como sempre, estranha. Ao rolar dos capítulos conhecemos mais dela e sua vida, a qual é desastrosa. Seu padrasto é medonho e mau. Sua mãe é submissa a ele, mas é uma boa pessoa. A mãe de Park é coreano e tem um jeito engraçado de falar. Seu pai é o tipo mais mandão.

A história se desenrola de uma forma cansativa, com repetidas ações.  Tem alguns pontos altos, mas nada de se surpreender. Não posso negar que as vezes dá um frio na barriga, como você estivesse na cena, pois a escritora soube transparecer os sentimentos muito bem, assim como tem bastante elementos engraçados na narração.

Finalizando, creio que a história poderia ter sido mais explorada, faltou muito para se tornar única, para se tornar algo que não queremos parar de ler. Só tenho a professar que é uma história bem comum de dois apaixonados e com problemas ao transcorrer da leitura. Eu sei que podemos achar um charme ali ou aqui em Eleanor &Park, mas não sei, faltou algo.

Sabe quando você quer chegar logo no final para ver se seus 14 reais gastos na promoção da saraiva valeram a pena? Bem, o final é ruim, sem sentido.

Qual é a sua, Eleanor? 

Trecho favorito (sim, tem): ''Ou talvez, pensou ele mais tarde, ele não reconhecesse todas as outras garotas. Do mesmo jeito que um computador cospe fora um disquete se não lhe reconheceu o formato. Quando tocou a mão de Eleanor, ele a reconheceu. Ele soube.'' Pág. 75.

sábado, 12 de abril de 2014

[LIVRO] MEUS LIVROS FAVORITOS:

Postado por Bianca Barion às 19:48 0 comentários
       Charlotte street:

O livro que quando li, em janeiro de 2013, pensei: Que história fantástica, por que não a escrevi antes? Bem, acredito que todo livro que nos deslumbra faz nós, aspirantes de escrita, querer tê-lo escrito. 
Charlotte street se baseia simplesmente, mas não só isso, em uma história que te prende do começo ao fim. Um jornalista, Jason Priestley (não é o cara do filme ‘’barrados no baile’’, como ele mesmo brinca no começo) que nos leva em vários episódios divertidos, de grande suspense, atrás de uma mulher que vestia casaco azul e sapatos bonitos. O caso é que ele, Jason, viu a com sacolas em charlote street, e resolveu parar para ajuda-la. Por acidente, ficou com sua câmera descartável. A história começa aí, ele e seu amigo, Dev, atrás dessa mulher. Ao longo dos capítulos, conhecemos a vida de Jason e das pessoas que o cercam. A luta dele para superar a ex-namorada. E como Dev o apoia (ou obriga) ele ir atrás da moça da câmera perdida. Sempre descobrindo pistas e dicas até ela.

Eu li esse livro, que pode parecer meramente grande, em poucos dias, até não aguentar mais de dor de cabeça. Você não consegue parar de ler esperando ver o que Jason irá descobrir em seguida. Todos que conheço que leram, adoraram (todas, todas que provaram não conseguem esquecer). Narrado com muito humor, já que seu escritor, Danny Wallace, é um humorista genial. Com certeza um livro que marcou.

Trecho favorito: ‘’Nós desviamos nossos olhos ou fingimos estar procurando por mudanças, esperamos que a outra pessoa tome a iniciativa, porque não queremos arriscar perder esse sentimento de agitação, possibilidades e entusiasmo. É perfeito demais. Aquele segundo de esperança vale alguma coisa, possivelmente para sempre, enquanto deitamos no nosso leito de morte, rodeados por nossos filhos, nossos netos e nossos bisnetos, e não podemos evitar a não ser dar nossa última, egoísta, e agonizante opinião sobre o que teria acontecido se tivéssemos realmente dito ‘’olá’’ para aquela garota... É o ‘’se’’? O ‘’e então’’? E nós sabemos que, se formos atrás, se nos arriscarmos, imediatamente nos posicionamos para perder tudo isso.’’ Pág. 144




       A sombra do vento:

Confesso que quando vi na estante da livraria me apaixonei pelo título (que fútil), mas, juro, logo que li sobre o que se tratava me apaixonei mais ainda. 
Seu cenário é Barcelona, logo após da guerra, onde na noite que um menino, Daniel, completa 11 anos, vai junto de seu pai para ‘’O cemitério dos livros esquecidos’’. Uma biblioteca secreta com obras pouco conhecidas. Daniel, que dizia não lembrar mais do rosto de sua mãe morta, encontra algo fascinante no livro A sombra do vento, de Julián Carax. Ele leva esse livro até sua adolescência, e seu objetivo é saber sobre seu autor que ninguém sabia o paradeiro. 
Um livro que é coberto de mistério. Narra as descobertas de Daniel, quando se apaixona pela primeira vez na vida e seu amor é Clara, uma moça mais velha e cega. Suas aventuras com o divertido Fermín, que trabalha junto com ele na biblioteca de seu pai. Cada capítulo aparecendo fascinantes personagens com pistas de Julián. E como o livro faz parecer que está nos levando para um caminho, e como tudo muda de uma hora para outra, nós envolvendo em coisas novas. Fascina o leitor com os mistérios e a vida de Daniel e seus personagens. Espero ler em breve a continuação ‘’O prisioneiro do céu’’.

Trecho favorito: ‘’Cresci no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó cujo cheiro ainda conservo nas mãos. ’’ Pág. 7. 

.: A sombra do vento - Carlos Ruiz Zafón




quinta-feira, 10 de abril de 2014

[TEXTO] DE FÃ PARA FÃ

Postado por Bianca Barion às 20:18 0 comentários
Sobre meu amor por incondicional por uma artista, pessoa, mulher.  A frase mais clichê do mundo é o fato de você estar disposto a fazer tudo por uma pessoa que nem ao menos te conhece, mas eu paro para pensar nisso como um todo. Quando fui ao seu show, quando você vai a um show e fica ali na grade, no meio ou no fundo, ela tem a visão completa disso tudo e sabe que os que estão cantando, pulando, sendo esmagados e de tanto gritar que parece que o som da música não vai sair de sua boca e os que gritam tão alto que semelha um microfone na sua frente a fazendo ouvir, ela sabe, são seus fãs. Ela pode não saber os nomes, os rostos, mas sabe o suficiente. São seus fãs, o gosto é por ela e quando fala que os ama, vai diretamente para cada, porque ela sabe quem são. São aqueles que fazem o vídeo passar de um milhão de acessos, que o faz ganharem prêmios, que o faz fazerem shows, que o faz escreverem música. O que damos para eles pode parecer muito grande. Horas na fila, horas no calor ou apenas horas votando, horas pesquisando sua vida, sofrendo sem saber se um dia chegara perto deles.  Mas é só uma pequena forma de gratificação, só quem é fã sabe a esperança, força e felicidade que eles no passam. As músicas que nos momentos tristes nos alegram e é como se fosse um objetivo estar cada vez mais próximo deles. Dando minha experiência própria, eu já conheci meu grande ídolo e eu juro que vale a pena a espera e os desesperos de não poder ir em um show, de não ganhar uma promoção, tudo se compensa. Na hora que seu sonho se realiza é como se você flutuasse, esperando acordar e as lágrimas veem tirando todo aquele peso que você já passou. Quanto maior a espera, maior será a felicidade do encontro, de vê-lo ali e pensar que ele é um projeção e não parece real. Como se visse as suas texturas de perto, como uma coisa comprada pela internet não tem suas dimensões corretas, e nem fala como é tocar. O cheiro, a altura, o sorriso, a voz perto de você. Toda dor vale e a pena . E também tenho o lado de nunca ter conhecido de perto e sofrer tanto por pensar que talvez tenha algo a se fazer para mudar aquilo, e você não pode fazer. O sentimento de ‘’como eu a amo’’ mas não é o suficiente. Mas o sentimento de dor nas costelas por causa da grade do show e o choro mais feliz quando a vê aparecendo no palco. Sendo simplesmente perfeita e sabendo exatamente como ela age no palco, o jeito que ela coloca a franja p frente com a mão, seu jeito tímido, seu sorriso perfeito, como se fossem melhores amigas. Acho que todos os ídolos são melhores amigos para os fãs, sempre um porto seguro, mesmo de longe. Por fim, só tenho a dizer aquela música do frejat, ‘’e quando estiver bem cansado, ainda exista amor para recomeçar...’’

Amo você, ellie <3


 

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