Se for para ir embora, o faça com carinho. Você sabe que lhe
dei meu coração quebrado em mínimos pedaços, feito um vaso velho. O dei em suas
mãos e você olhava meio sem jeito, meio sem ter o que fazer, mas olhava com
aqueles olhos castanhos. Sorria com aquele sorriso que só você sabe dar, e,
bem, eu pensei - que se dane. Se for para ir embora, deixe-me abraçar-te só
mais uma vez. Eu juro, não vai demorar muito. Pegue na minha mão, olhe-me sem
jeito e faça promessas fajutas, como a que um dia encontrarei alguém tão especial
como você. Se for para ir embora, vá rápido, sem anestesia, não tente achar o
encanto que se foi. Você não achará, nenhum deles nunca acha. Mas antes, deixe
comigo aquela blusa azul escuro sua que você jura que te deixa mais bonito,
como se isso fosse possível. A deixe para eu sentir seu cheiro antes de dormir.
Assim como eu fazia antigamente e você ria quando eu contava. Deseje-me boa sorte.
Deseje-me força. E quando for embora, dê-me um beijo e diga que o último é seu,
e dessa vez eu deixarei você vencer, porque realmente é o último. Não se
assuste quando meu coração virar pó. Apenas tire seus óculos para não ver com
clareza.
sábado, 27 de dezembro de 2014
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
[TEXTO] NOSSA HISTÓRIA SEM COMEÇO
Imagine
se eu só te conhecesse daqui a 10 anos. Numa hora desta, eu estaria em paz. Eu
poderia estar ouvindo músicas tristes e não me identificando com nenhuma.
Andaria por aí com o coração desocupado. Toda noite sem angústia e as lágrimas
em função de você. Poderia estar me sentindo intensa, forte. Eu ainda faria
cara feia ao ouvir rock. Não me sentiria tão imprestável. Sem tantas perguntas
me assombrando. E se eu tivesse te conhecido há 10 anos? Se a gente fosse
melhores amigos. Eu tivesse passado a maior parte da minha vida sendo sua
amiga, te decifrasse de trás para frente. Se desde sempre você soubesse que eu
te amava. Chegaria num ponto e afirmaria: ‘’é ela’’? Será que nossa
história é impossível por questão de tempo, por questão minha, sua, ou do
destino? Imagine se eu nunca tivesse te conhecido. Toda vez que eu penso que
poderia ter seguido outro caminho no ano anterior, nunca ter cruzado com você,
vem uma vontade de chorar. Pois é, quando não choro pensando em ti? Sabe o
que me deixa de pé quando eu acho que tudo está acabado, quando está tudo uma
droga? É você. Você se tornou minha esperança, minha felicidade em tanto pouco
tempo. E sabe o que é pior? Isso não é para sempre. Neste momento você está
amando outra, enquanto eu, o que faço? Escrevo coisas que você nunca se quer
vai ler. Minha esperança é você. Mas eu nunca te terei. A vida me apresentou
uma pessoa maravilhosa, mas e daí? O que eu ganho com isso? Eu vou ter você
para mim? Eu vou ter alguma chance contigo algum dia? A resposta é clara: Não.
Eu não quero enxergar isso, porque você é minha perspectiva. Você me traz felicidade.
Mas essa esperança vai embora algum dia. Vou perceber que você nunca segurará
minha mão, eu nunca te beijarei, você nunca me chamará de ‘’amor’’. E quando isso acontecer,
eu vou perder o que me mantém em pé, e eu estou com tanto medo. Eu te amo, e
talvez nossa amizade não sobreviva a isso. Nunca seremos amigos completos. Vou
ser sempre a que te ama. E você o que ama outra.
O ponto é esse: O destino. Se
eu tivesse te conhecido anos atrás, anos a frente, não mudaria nada. Eu sinto
isso. Eu fui destinada a me apaixonar por você, mas você não foi para o mesmo.
Nunca seria. Namorando, solteiro ou até viúvo. A gente não foi feito para ficar
junto, mas a vida quis, de alguma forma, que eu te conhecesse, mesmo que eu
ache que não posso viver sem você, enquanto eu seria sua última opção de amor.
Eu só sei que o que nunca poderia acontecer, seria eu nunca ter te conhecido.
Eu estava aqui o tempo todo, só te esperando, porque eu precisava do seu
sorriso para acreditar. E talvez agora eu acredite. De qualquer forma, o
destino foi lindo me apresentando você. Não ficaremos juntos nunca? Que se
dane, eu amei você da forma mais verdadeira, e quem sabe, em outra vida.
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textos
terça-feira, 11 de novembro de 2014
[SELEÇÃO DE TEXTOS ANTIGOS] EU CONTINUO ASSIM?!
‘’ Eu não sou mais
aquela garota romântica. Eu não acredito mais em ‘’felizes para sempre’’, muito
menos no homem ideal. Eu me tornei uma pessoa fria e com poucos sentimentos. Aos
que me restaram, é amor pela leitura, escrita, e pelos meus maravilhosos
ídolos, com suas músicas que faz minha alma sorrir. Amor pelas coisas simples,
pelos fins de tardes e o começo de outro dia. Eu substituí a necessidade de me
apaixonar loucamente por um carinha com um corte de cabelo legal, cuja sala
sei, ‘’um ano à frente’’, penso. E nunca mesmo troquei uma palavra e tive que
descobrir seu nome fazendo uma boa pesquisa pelo colégio, ou, quem sabe, por
uma rede social. Já acho que morro de amores por ele. Claro, ele é o amor da
minha vida. Sobre a vida dele?! Bem, não sei nada. Ele pode ser um estuprador,
mas, ah, do que isso importa? Eu quero a felicidade, só ela. Na minha vida
aconteceram coisas incríveis que não pude valorizar porque eu não estava
completa. Estava faltando o amor de um menino babaca com a mentalidade de um
garoto de nove anos. Ah, meu deus, eu vou chorar por tudo, vou dedicar meus
posts no tumblr a ele. Vou perder horas de sono, vou descobrir alguma música
que tenha nossa história. Mas que história, meu senhor? A nossa história é
resumida na qual você nem sabe meu nome, e eu sei seu sobrenome, e tudo mais o
que eu posso? Resumida em quantas vezes chorei enquanto você se divertia com os
amigos? É isso mesmo que eu estava querendo fazer com a minha vida?
Era, porque isso
mudou. Agora eu me coloco em primeiro lugar, e se um dia vir a gostar de
alguém, essa pessoa será colocada como segunda opção de felicidade. Eu não me
amava, eu me achava uma fracassada cuja única coisa que merecia era ficar
correndo atrás de alguém. Mesmo ele me ignorava de tão forma eu simplesmente
sempre voltava. Porque eu não amava a mim mesma. Eu tinha que ficar falando
‘’não sou boa o suficiente para ele’’. Acorda! Eu tenho é que falar ‘’ele não é
bom o suficiente para mim. ’’ Se valorizar, essa é a palavra. Não depender de
um amor para respirar. É quando seu coração já está totalmente quebrado, você
para e pensa que não dá mais. Ele não vai aguentar outra decepção. O seu
psicológico não vai mais. Você cansa, e eu cansei totalmente. Agora em diante é
deixar a razão falar mais alto. Coração não foi feito para pensar, então não
deixe a ele essa função.
A minha autoproteção foi a melhor coisa para
mim. Eu estou totalmente quebrada, devastada. Vou trabalhar nisso todos os
dias. Talvez as magoas não possam ser apagadas, sempre haverá uma cicatriz em
mim. Por isso, não quero mais me aventurar num local desconhecido. Eu já estou
exposta e, sim, eu desisto completamente. Não quero mais para minha vida correr
atrás de alguém. Eu já corri uma maratona, já me declarei por nada. Sabe quanto
doí isso? Muito. O tal homem da minha vida, eu não estou mais esperando por
ele, como antes eu fazia. Eu apenas estou conformada que ele simplesmente pode
não existir. Estou fechada para o amor. Nunca mais correrei atrás de um e isso
pode me fazer perder alguém, quem sabe. Mas quantas vezes, meu senhor, eu corri
atrás achando que esse era o homem, e eu apenas estou tirando uma frase de
minha vida: ‘’e quantas vezes mais correrei atrás?!’’ Eu vou ficar parada, é
isso.
Quando não é pra ser,
não será. E eu custei MUITO para notar isso. Eu tive que quebrar a cara um
milhão de vezes e ficar humilhada no chão. De voltar a cometer os mesmos erros
até tomar uma atitude. Vou dar meu amor para quem mais merece por ter sofrido
tanto, vou amar a mim mesma. ‘’
Beleza, Bianca, mas deixa eu contar uma coisa para você:
isso não deu muito certo, não.
Esse texto é de 2012, eu deveria ter uns 15 anos e decidi
escolhe-lo porque, agora, com 18 anos, estou passando pela mesma coisa. Não com
tais pensamentos revolucionários como naquela época de ‘’ não existe amor’’ ‘’
sou fria’’. Até parece, sou um turbilhão de sentimentos, mais romântica que eu
está para nascer, mas como eu estava magoada no dia em questão, eu auto me perdoo.
Eu jurava de pé junto que nunca mais amaria ninguém, mas o
problema é que eu nunca tinha amado. Quando você é jovem, tipo bem jovenzinha
mesmo, qualquer menino, qualquer toque, qualquer palavra dita vira eternidade.
Você acha que só existe aquela pessoa e que daqui 3 anos ao pensar nela você
ainda sofrerá e lembrará dos momentos bons. Pois é, eu lembro quem partiu meu
coração para eu escrever isso, e, bem, hoje eu rio e nem lembro por que eu
gostava do tal rapaz. Tenho que fazer até um esforcinho para lembrar o nome
dele. Taí uma coisa que eu aprendi com o
tempo, que nada é para sempre, ainda mais quando se tem 15 anos. Jamais que o
sofrimento por um garoto babaca durará anos, talvez nem dure meses. Você cresce
e percebe que quem merece seu amor é quem o dá de volta, e se a pessoa nunca o
deu, com certeza não dará lembranças boas para você levar por uma vida. Aos 20
e pouco você terá de perguntar para alguma amiga qual foi o menino que te
magoou na 7 série e quando ela lembrar, você vai negar até a morte. Por que,
assim, como foi possível gostar disso?
O sentimento que se carrega agora pode ser forte a ponto de
cravar machucados na sua pele, porque ele é presente, mas nunca cicatrizes.
Aprendizados, sim. Quando você se ver mais velha, não lembrará dos nomes e muito
menos dos motivos de ter gostado de tal cara, mas todo seu amadurecimento, ah,
com certeza, esse cara te ajudou a montar, por isso faz parte. A gente tem que
passar por isso para um dia saber como agir. Saber não dramatizar e saber que
não ama tal pessoa, que não está apaixonada. Amor bom vai ser aquele
compartilhado, aquele que te fará sorrir e não chorar. Aquele que te trará
sensações novas. Esse sim merece ser lembrado. Agora esses por menininhos do
colégio? Jamais!
E achar que é possível desacreditar no amor quando se é
igual eu, esperando o príncipe chegar de cavalo branco, mas, pela demora,
parece que está vindo de trem da CPTM. Jamais rolará, sempre aparecerá alguém
que te fará acreditar de novo, ou você sentirá a necessidade de sentir aquilo novamente.
Aquele gosto de ilusão, de desespero, e de suspiros com coisas simples que a
pessoa faz. Nós meio que necessitamos da dor do amor e do seu prazer dele. Não
dá para viver sem isso.
Como disse no começo, estou passando pela mesma situação de
desilusão amorosa chatinha, mas hoje sei administrar muito bem. A gente sabe
quando não vai dar certo, a gente supera mais rápido. Não fazemos isso virar o
fim do mundo. E não estou fechada para o amor, mas também estou
deixando meu coração se recuperar e andando com cuidado em territórios
desconhecidos.
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textosantigos
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
[RESENHA 13] MEU NOME É MEMÓRIA
Meu nome é memória
Autora: Ann Brashares.
Editora: Suma de letras.
Sinopse: Vivi mais de mil anos. Morri incontáveis vezes. Esqueço o
número exato. Minha memória é uma coisa extraordinária, mas não é perfeita. Sou
humano. (...) Nunca tive filhos, nunca envelheci. Não sei a razão. Vi beleza em
coisas incontáveis. Eu me apaixonei e ela é quem resiste. Eu a matei uma vez,
morri por ela muitas vezes e ainda não tenho nada para exibir. Sempre a
procuro. Sempre me lembro dela. Carrego a esperança de que, um dia, ela venha a
se lembrar de mim. Encontrar o amor verdadeiro nunca é fácil. Mas para Daniel,
o protagonista de Meu nome é memória, isso parece ser ainda mais difícil. Ele
tem um dom que por vezes assemelha-se a uma maldição: lembra-se de todas as
suas vidas passadas. E em todas elas, foi apaixonado por Sophia. “Vivi mais de
mil anos. Morri incontáveis vezes. Esqueço o número exato. Minha memória é uma
coisa extraordinária”, escreve o protagonista. Inglaterra, Antioquia, Congo
Belga, Constantinopla, Georgia. Todos esses lugares já presenciaram o amor do
casal, porém Sophia nunca se recorda das memórias passadas. Vida após vida,
através de dinastias e continentes, Daniel tenta fazê-la relembrar esse amor e
conquistá-la para sempre, mesmo que ela mude de nome e aparência. Mas, em todas
às vezes que Daniel e Sophia tiveram uma aproximação, foram separados de
maneira dolorosa e fatal. No entanto, quando se reencontram em 2007, Sophia –
que agora se chama Lucy – começa a lembrar do passado. Aos poucos, flashes das
vidas anteriores vêm à memória, lembranças sensoriais se reavivam e ela percebe
que Daniel faz parte de sua vida desde sempre. E agora, se o casal quiser
passar suas próximas vidas juntos, terá que compreender e superar o inimigo
desse amor.
Lembro quando vi esse livro na prateleira da livraria e me
entristeci. Por quê? Eu tinha pensado em escrever uma história exatamente
assim. Precisei comprar e comprei. Bem, depois de ler, percebi que estava
errada, eu nunca teria escrito uma história tão maravilhosa quanto. Vi muitas
resenhas não dando crédito suficiente para esse livro, falando que ele é
cansativo entre outras coisas.
Acho que eu amei tanto porque acredito demais em destino,
almas gêmeas e esse tipo de coisa. Consegui drenar e perceber de cada página
coisas fantásticas que segue um pensamento lindo.
Daniel, um rapaz inteligente e cheio de conhecimentos, o qual me apaixonei completamente pelo seu
jeito, se lembra de todas suas vidas passadas e tem a capacidade de reconhecer
almas. Lucy já se encontrou com ele em várias vidas, mas nunca se lembra.
Daniel lembra e sempre a reconhece.
Há os personagens secundários, como Ben, o melhor amigo de
Daniel. Ele tem o mesmo dom que ele, e o ajuda em muitos momentos com sua
imensa sabedoria. Também temos Marnie, melhor amiga de Lucy, que, para mim, não
teve muita função na história. E tem Joaquim, o vilão da história, mas não falarei
disso.
O livro é dividido em um capítulo contando de alguma de suas
vidas passadas, e o outro conta o presente. Achei surpreendente cada vida dele
e como junto delas traz histórias fantásticas. Para mim, isso fez acrescentar
muita coisa na história do presente e o conhecimento sobre os personagens, não
achei nem um pouco confuso como algumas pessoas disseram, pois segue uma linha
de tempo certa e fez eu me prender cada vez mais e desejar que Daniel e Lucy
ficassem juntos.
Quando li o primeiro capítulo, achei que as ideias foram
jogadas de maneira muito rápida. O que poderia ter rendido alguns capítulos,
foi posto em um, mas com o desenrolar da história achei que isso não teve
grande importância para o passar dos acontecimentos.
Um grande ponto negativo: O final. Realmente você se
pergunta se foram arrancadas páginas do seu exemplar, porque ele te deixa
totalmente na mão e se perguntando o que aconteceu depois dali. O único jeito é
você imaginar e fazer o final perfeito.
Minha conclusão é que este livro marcou com toda certeza. Fiquei
encantada com a forma que demonstrou como o amor de Daniel é forte e que vence
qualquer obstáculo, nunca desistindo de sua amada, mesmo vida após vida, com
outras aparências, e mesmo como eles são separados de forma triste a cada vida.
Ele simplesmente não desiste e para mim essa história é uma das mais lindas que
já li sobre amor verdadeiro.
Trecho favorito: ‘’ Começo todas as vidas com ela, meu
pecado original. Eu me conheço por meio dela.’’ Pág. 46.
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resenha
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
[TEXTO] ADEUS, SANTA MARIA
Parei numa rua qualquer, e a neblina não me deixava o ver. Havia uma risada familiar, soando pelas quinas, não parecia tão distante como de costume. O peso da mala começou a fazer doer minha coluna, enquanto minhas pernas estavam frouxas ao passar dos minutos. Não o via, mas eu estava risonha e vibrante. Então a risada parou de ecoar sozinha e se deu a uma companhia. Som esse que nunca ouvira antes e me entristeci. O seu dono apareceu, e mesmo com minha miopia e a ainda neblina pairando, eu sabia que era ele. Estremeci mais uma vez. Não via meus lábios dizendo que havia morrido todo santo dia até o momento de ouvir tua voz perto da minha. Não o vi dizendo que também me esperara. Não teve um grande reencontro, apenas o efeito do tempo. O motivo de sua risada não era mais meu e sim da moça ao teu lado. Cambaleei até ele, com lágrimas no olhar se atentando a cair. Apenas disse ‘’Um dia iríamos nos encontrar, não lembrastes?’’ O moço riu, enquanto se equilibrava na garota. De repente, nada mais restou ali. Ele não se lembrara. E nunca disseste que me amaria para sempre. Oh, boba eu, fazendo de meias palavras, um livro. Caçoei de mim e tomei o rumo de volta a casa. Como sempre, sem ele.
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textos
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
[RESENHA 13] ELEANOR&PARK
Eleanor&Park
Autora: Rainbow Rowell.
Editora: Novo século.
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.
First things first:
Eu não estava a fim de fazer resenha sobre este livro da
Rainbow Rowell. Primeiro porque ele não é novidade e já tem milhares de
resenhas sobre ele. Mas daí eu as li e percebi: TODO MUNDO AMOU! Então eu
preciso dar minha opinião.
Eu não gostei nem um pouco (tá, talvez um pouquinho) da
história. Os personagens são bem construídos, isso eu não posso negar. Park tem
suas características próprias e fortes assim como Eleanor. Ela se veste
estranho, ela é estranha e tem uma família mais estranha ainda. Park é comum,
mas com um toque de único. Gostei do fato da vida de Eleanor ser atormentada e de
Park calma, fazendo eles serem bem diferentes, mas, em alguns aspectos, comuns.
O livro é dividido em PARK
ELEANOR
E não são eles quem narram e sim uma terceira pessoa em
ambas as situações, o que eu achei ruim e desnecessário. Às vezes você para e
pense ‘’ Agora é a vez de Park ou Eleanor?’’ Acho que Rainbow poderia ter
explorado mais o ponto de vista de cada um na narração. Mas quem sou eu para
falar de um best seller, não é mesmo?
O livro, para mim, não trouxe nada de novo. Eleanor e Park
vão no mesmo ônibus todos os dias para a escola. Sentam-se lado a lado, mesmo
Park não gostando muito da ideia.
‘’ - Sente-se aí – disse num tom agressivo.’’
Park sempre lia a caminho do colégio e Eleanor esticava o
pescoço para ler junto dele, sem Park perceber. Até que um dia ele percebe
de soslaio os olhares de Eleanor para os gibis. Então ele começa a emprestar algumas
coisas a ela, como fitas e livros, e ainda não trocam uma palavra.
Um dia Park se sente na obrigação de começar uma conversa.
Então conversam. Eleanor, como sempre, estranha. Ao rolar dos capítulos
conhecemos mais dela e sua vida, a qual é desastrosa. Seu padrasto é medonho e
mau. Sua mãe é submissa a ele, mas é uma boa pessoa. A mãe de Park é coreano e
tem um jeito engraçado de falar. Seu pai é o tipo mais mandão.
A história se desenrola de uma forma cansativa, com
repetidas ações. Tem alguns pontos
altos, mas nada de se surpreender. Não posso negar que as vezes dá um frio na
barriga, como você estivesse na cena, pois a escritora soube transparecer os
sentimentos muito bem, assim como tem bastante elementos engraçados na narração.
Finalizando, creio que a história poderia ter sido mais
explorada, faltou muito para se tornar única, para se tornar algo que não
queremos parar de ler. Só tenho a professar que é uma história bem comum de dois
apaixonados e com problemas ao transcorrer da leitura. Eu sei que podemos achar
um charme ali ou aqui em Eleanor &Park, mas não sei, faltou algo.
Sabe quando você quer chegar logo no final para ver se seus
14 reais gastos na promoção da saraiva valeram a pena? Bem, o final é ruim, sem
sentido.
Qual é a sua, Eleanor?
Trecho favorito (sim, tem): ''Ou talvez, pensou ele mais tarde, ele não reconhecesse todas as outras garotas. Do mesmo jeito que um computador cospe fora um disquete se não lhe reconheceu o formato. Quando tocou a mão de Eleanor, ele a reconheceu. Ele soube.'' Pág. 75.
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eleanor e park,
resenha
sábado, 12 de abril de 2014
[LIVRO] MEUS LIVROS FAVORITOS:
Charlotte street:
O livro que quando li, em janeiro de 2013, pensei: Que
história fantástica, por que não a escrevi antes? Bem, acredito que todo livro
que nos deslumbra faz nós, aspirantes de escrita, querer tê-lo escrito.
Charlotte street se baseia simplesmente, mas não só isso, em uma história que te prende do começo ao fim. Um jornalista, Jason Priestley (não é o cara do filme ‘’barrados no baile’’, como ele mesmo brinca no começo) que nos leva em vários episódios divertidos, de grande suspense, atrás de uma mulher que vestia casaco azul e sapatos bonitos. O caso é que ele, Jason, viu a com sacolas em charlote street, e resolveu parar para ajuda-la. Por acidente, ficou com sua câmera descartável. A história começa aí, ele e seu amigo, Dev, atrás dessa mulher. Ao longo dos capítulos, conhecemos a vida de Jason e das pessoas que o cercam. A luta dele para superar a ex-namorada. E como Dev o apoia (ou obriga) ele ir atrás da moça da câmera perdida. Sempre descobrindo pistas e dicas até ela.
Eu li esse livro, que pode parecer meramente grande, em poucos dias, até não aguentar mais de dor de cabeça. Você não consegue parar de ler esperando ver o que Jason irá descobrir em seguida. Todos que conheço que leram, adoraram (todas, todas que provaram não conseguem esquecer). Narrado com muito humor, já que seu escritor, Danny Wallace, é um humorista genial. Com certeza um livro que marcou.
Charlotte street se baseia simplesmente, mas não só isso, em uma história que te prende do começo ao fim. Um jornalista, Jason Priestley (não é o cara do filme ‘’barrados no baile’’, como ele mesmo brinca no começo) que nos leva em vários episódios divertidos, de grande suspense, atrás de uma mulher que vestia casaco azul e sapatos bonitos. O caso é que ele, Jason, viu a com sacolas em charlote street, e resolveu parar para ajuda-la. Por acidente, ficou com sua câmera descartável. A história começa aí, ele e seu amigo, Dev, atrás dessa mulher. Ao longo dos capítulos, conhecemos a vida de Jason e das pessoas que o cercam. A luta dele para superar a ex-namorada. E como Dev o apoia (ou obriga) ele ir atrás da moça da câmera perdida. Sempre descobrindo pistas e dicas até ela.
Eu li esse livro, que pode parecer meramente grande, em poucos dias, até não aguentar mais de dor de cabeça. Você não consegue parar de ler esperando ver o que Jason irá descobrir em seguida. Todos que conheço que leram, adoraram (todas, todas que provaram não conseguem esquecer). Narrado com muito humor, já que seu escritor, Danny Wallace, é um humorista genial. Com certeza um livro que marcou.
Trecho favorito: ‘’Nós desviamos nossos olhos ou fingimos
estar procurando por mudanças, esperamos que a outra pessoa tome a iniciativa,
porque não queremos arriscar perder esse sentimento de agitação, possibilidades
e entusiasmo. É perfeito demais. Aquele segundo de esperança vale alguma coisa,
possivelmente para sempre, enquanto deitamos no nosso leito de morte, rodeados
por nossos filhos, nossos netos e nossos bisnetos, e não podemos evitar a não
ser dar nossa última, egoísta, e agonizante opinião sobre o que teria
acontecido se tivéssemos realmente dito ‘’olá’’ para aquela garota... É o ‘’se’’?
O ‘’e então’’? E nós sabemos que, se formos atrás, se nos arriscarmos, imediatamente
nos posicionamos para perder tudo isso.’’ Pág. 144
A sombra do vento:
Confesso que quando vi na estante da livraria me apaixonei
pelo título (que fútil), mas, juro, logo que li sobre o que se tratava me
apaixonei mais ainda.
Seu cenário é Barcelona, logo após da guerra, onde na noite que um menino, Daniel, completa 11 anos, vai junto de seu pai para ‘’O cemitério dos livros esquecidos’’. Uma biblioteca secreta com obras pouco conhecidas. Daniel, que dizia não lembrar mais do rosto de sua mãe morta, encontra algo fascinante no livro A sombra do vento, de Julián Carax. Ele leva esse livro até sua adolescência, e seu objetivo é saber sobre seu autor que ninguém sabia o paradeiro.
Um livro que é coberto de mistério. Narra as descobertas de Daniel, quando se apaixona pela primeira vez na vida e seu amor é Clara, uma moça mais velha e cega. Suas aventuras com o divertido Fermín, que trabalha junto com ele na biblioteca de seu pai. Cada capítulo aparecendo fascinantes personagens com pistas de Julián. E como o livro faz parecer que está nos levando para um caminho, e como tudo muda de uma hora para outra, nós envolvendo em coisas novas. Fascina o leitor com os mistérios e a vida de Daniel e seus personagens. Espero ler em breve a continuação ‘’O prisioneiro do céu’’.
Seu cenário é Barcelona, logo após da guerra, onde na noite que um menino, Daniel, completa 11 anos, vai junto de seu pai para ‘’O cemitério dos livros esquecidos’’. Uma biblioteca secreta com obras pouco conhecidas. Daniel, que dizia não lembrar mais do rosto de sua mãe morta, encontra algo fascinante no livro A sombra do vento, de Julián Carax. Ele leva esse livro até sua adolescência, e seu objetivo é saber sobre seu autor que ninguém sabia o paradeiro.
Um livro que é coberto de mistério. Narra as descobertas de Daniel, quando se apaixona pela primeira vez na vida e seu amor é Clara, uma moça mais velha e cega. Suas aventuras com o divertido Fermín, que trabalha junto com ele na biblioteca de seu pai. Cada capítulo aparecendo fascinantes personagens com pistas de Julián. E como o livro faz parecer que está nos levando para um caminho, e como tudo muda de uma hora para outra, nós envolvendo em coisas novas. Fascina o leitor com os mistérios e a vida de Daniel e seus personagens. Espero ler em breve a continuação ‘’O prisioneiro do céu’’.
Trecho favorito: ‘’Cresci
no meio de livros, fazendo amigos invisíveis em páginas que se desfaziam em pó
cujo cheiro ainda conservo nas mãos. ’’ Pág. 7.
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quinta-feira, 10 de abril de 2014
[TEXTO] DE FÃ PARA FÃ
Sobre meu amor por incondicional por
uma artista, pessoa, mulher. A frase
mais clichê do mundo é o fato de você estar disposto a fazer tudo por uma
pessoa que nem ao menos te conhece, mas eu paro para pensar nisso como um todo.
Quando fui ao seu show, quando você vai a um show e fica ali na grade, no meio
ou no fundo, ela tem a visão completa disso tudo e sabe que os que estão
cantando, pulando, sendo esmagados e de tanto gritar que parece que o som da
música não vai sair de sua boca e os que gritam tão alto que semelha um
microfone na sua frente a fazendo ouvir, ela sabe, são seus fãs. Ela pode não
saber os nomes, os rostos, mas sabe o suficiente. São seus fãs, o gosto é por
ela e quando fala que os ama, vai diretamente para cada, porque ela sabe quem
são. São aqueles que fazem o vídeo passar de um milhão de acessos, que o faz
ganharem prêmios, que o faz fazerem shows, que o faz escreverem música. O que
damos para eles pode parecer muito grande. Horas na fila, horas no calor ou
apenas horas votando, horas pesquisando sua vida, sofrendo sem saber se um dia
chegara perto deles. Mas é só uma
pequena forma de gratificação, só quem é fã sabe a esperança, força e
felicidade que eles no passam. As músicas que nos momentos tristes nos alegram
e é como se fosse um objetivo estar cada vez mais próximo deles. Dando minha
experiência própria, eu já conheci meu grande ídolo e eu juro que vale a pena a
espera e os desesperos de não poder ir em um show, de não ganhar uma promoção,
tudo se compensa. Na hora que seu sonho se realiza é como se você flutuasse,
esperando acordar e as lágrimas veem tirando todo aquele peso que você já
passou. Quanto maior a espera, maior será a felicidade do encontro, de vê-lo
ali e pensar que ele é um projeção e não parece real. Como se visse as suas
texturas de perto, como uma coisa comprada pela internet não tem suas dimensões
corretas, e nem fala como é tocar. O cheiro, a altura, o sorriso, a voz perto
de você. Toda dor vale e a pena . E também tenho o lado de nunca ter conhecido
de perto e sofrer tanto por pensar que talvez tenha algo a se fazer para mudar
aquilo, e você não pode fazer. O sentimento de ‘’como eu a amo’’ mas não é o
suficiente. Mas o sentimento de dor nas costelas por causa da grade do show e o
choro mais feliz quando a vê aparecendo no palco. Sendo simplesmente perfeita e
sabendo exatamente como ela age no palco, o jeito que ela coloca a franja p
frente com a mão, seu jeito tímido, seu sorriso perfeito, como se fossem
melhores amigas. Acho que todos os ídolos são melhores amigos para os fãs,
sempre um porto seguro, mesmo de longe. Por fim, só tenho a dizer aquela música
do frejat, ‘’e quando estiver bem cansado, ainda exista amor para
recomeçar...’’
Amo você, ellie <3
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